Páginas

sábado, 15 de janeiro de 2011

Água que quebra pedra.

Olá queridos, desculpem a demora para voltar a postar, mas é que o post de hoje explica essa ausência que tive por estes dias.

O mundo inteiro tem acompanhado a situação da Região Serrana no estado do Rio de Janeiro. Na madrugada de terça-feira (11/1) para quarta (12/1) um enorme temporal destruiu bairros inteiros das cidades de Teresópolis, Nova Friburgo, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro, Petrópolis, Bom Jardim e Areal.

Eu estava em Teresópolis desde domingo e de forma "indireta" me senti afetada pela catástrofe que aconteceu. Meu namorado tem casa na cidade e fica em um bairro que necessita de uma pontezinha para passar. Essa pontezinha é necessária porque por baixo dela passa um córrego que vai até a Cascata do Imbuí, que é nome do bairro dele. Até mesmo conseguimos ouvir o barulho da cascata da casa dele.

Na quarta-feira fomos até ao começo do bairro para ver a situação, pois desde a madrugada de terça ficamos sem luz, e no outro dia ainda estávamos sem luz e telefone. Ainda tínhamos celular e conseguimos falar com nossas famílias, que nos contaram o que havia acontecido. Quando chegamos na entrada do bairro também podemos constatar o fato. Não havia levado minha câmera, senão teria fotografado tudo para vocês.

O córrego virou um enorme rio, a água quebrou a ponte e por ela passava uma forte correnteza, nos deixando ilhados no bairro, pois dali não teria outro caminho para sair. A água veio com tanta força que quebrou todas as casas que beiravam o córrego, parte de uma escola que fica por lá, as ruas de paralelepípedo eram agora somente barro. Helicópteros e sirenes não paravam de passar pela região.

Ficamos um pouco mais de 24 horas sem luz e telefone. Quando finalmente a luz voltou vimos nos noticiários as catástrofes. Graças a Deus, a mim e a ele não aconteceu nada, estávamos até muito bem comparado ao que outras pessoas estavam passando. Só conseguimos sair de lá ontem, ainda passando pela correnteza que o rio formou no lugar da ponte agora toda quebrada.

Muitos perguntam: de quem é a culpa?
Acho de que certa forma, de todos nós, até mesmo de quem não vive em nosso páis.

O mundo é uma "bola" com um ciclo perfeito, e ao longo dos anos temos modificado isso. Poluímos e os lixos se acumulam cada vez mais, o desmatamento tira do planeta toda a sua capacidade de absorção do calor que teríamos sem a devastação da vegetação. Com isso, a evaporação do calor é mais intensa, formam-se mais chuvas, que pelo volume de água acumulado pode vir mais forte do que antes era comum.

A chuva cai, e os bueiros estão entupidos com lixo, a água não escoe e então alaga tudo em volta. Esse tem sido nosso cotidiado durante os verões. As autoridades fazem ou não fazem o que podem, mas antes dela, temos culpa nisso. E se alguém achava que esse "papo de ecologia é balela", está na hora de abrir os olhos.

O que aconteceu na Serra, além do enorme volume de água foi o fenômeno chamado de "cabeça d´agua". A nascente do rio acumulou bastante água, aumentando o volume do rio, além da quantidade de água, à medida em que ele ia percorrendo, ia ganhando força. Esta força que foi capaz de quabrar tudo que encontrou pelo caminho.

Enfim a notícia não é nova para ninguém. Todos estamos acompanhando e torcendo para que logo tudo volte ao normal nestas cidades tão afetadas.
Quem puder ajudar com doações ou como voluntariado, não pensem duas vezes pois eu vi de perto e está realmente tudo destruído.

Até a próxima, e que Deus ajude à todos os afetados com essa catástrofe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário